Os índices de acidentes com uso do dispositivo ao volante estão entre as principais causas de morte em acidentes de trânsito, juntamente com o excesso de velocidade, sono e embriagues.
A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) e a Associacao Brasileira de Psicologia do Trafego (Abrapsit) realizam, em Brasilia, até dia 15, evento para tratar de prevenção de acidentes, educação no trânsito e nova legislação.
Segundo dados levantados pelas entidades promotoras do congresso, o uso de celular ao volante revela que aumenta em até 400% o risco de acidente, sendo cerca de 100 mortes por dia no Brasil, e uma média de 37 mil por ano. Apesar da gravidade, os riscos não são levados a sério pelos motoristas, tampouco pelas autoridades por falta de estatísticas que comprovem o efetivo envolvimento dos celulares em acidentes de trânsito, pois há exames que podem comprovar o nível de álcool dos motoristas envolvidos no acidente, mas não há nada que possa provar se os condutores que causaram o acidente teriam se distraído com seus celulares.
Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostram que as distrações causadas por celulares e outros eletrônicos, somadas, já são a quarta maior causa de acidentes em São Paulo. Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que motoristas distraídos pelo celular demoram demais para reagir diante de um imprevisto.
Apesar do uso de celular gerar multa de R$130,17 e somar quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pela infração média e quem manuseia o celular cometer infração gravíssima, somando sete pontos na CNH e multa de R$293,47 , o uso indevido deste dispositivo aumenta a cada dia assim como os casos de acidentes comprovadamente causados pela distração pelo uso do celular.
O motorista deve ser educado para que no volante, durante a direção veicular, ele permaneça atento somente ao trânsito, com as duas mãos no volante e com todos os seus sentidos voltados para a atividade de dirigir. Desligar o celular ou colocá-lo em modo silencioso pode auxiliar para que não exista a “tentação” da distração chamando ou tocando a todo momento.
A indicação da Abramet e Abrapsit e que os motoristas deixem os celulares no silencioso, os desliguem ou os deixem bem longe para evitar que caiam na tentação de darem uma espiadinha a cada notificação.
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